segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Jackson mexe o balaio e as 'pepitas' dão lugar às pedras


No início deste ano, o doutor Jackson Lago dizia que a prioridade era a 'sua saúde'. Logo depois, alguns de seus aliados mais próximos defendiam sua candidatura ao senado. O que eles não previam é que o doutor seria alvo da 'Ficha Limpa".

Como foi cassado e quase preso na Operação Navalha, a campanha seria o momento que ele teria para “lavar a honra”. Ou seja, passaria todo o tempo se fazendo de vítima de uma “armação” da família Sarney. E nós estamos vendo isso nos programas eleitorais mais uma vez. Sem propostas, o que resta é trazer a menina do Ceará pra medir os estragos dos outros, escondendo os seus próprios estragos.

Nas ruas, quase não se vê cartazes, faixas, panfletos e nem se ouve mais a música que virou hit em 2006. O doutor anda chateado com ex-colaboradores que enriqueceram à sua sombra.

Querem nomes?

Aziz Santos (Planejamento), Jerry Abrantes (Comunicação), Lourenço Vieira da Silva (Educação) e Edmundo Gomes (Saúde) são alguns dos impávidos escudos do nosso governador eleito.

Recordar é preciso

Antes do Carnaval, o doutor até tentou articular algumas ações políticas. Mas a dança das cadeiras tomou conta do espaço e aí começaram a culpar uns aos outros. os mesmo aliados desapareceram, isso mesmo, sumiram sem deixar sequer um 'tamburete'para o início das plenárias.

Jerry Abrantes, que agora revende motos alegou estar todo endividado em bancos por conta do novo negócio.

O ex-secretário Lourenço Vieira da Silva escafedeu-se e Edmundo Gomes, que no governo planejava até disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, contou estar sobrevivendo de um cargo de médico na Prefeitura de Santa Rita.

Um detalhe curioso é que Márcio Jardim, Bira do Pindaré e Silvio Bembem já pularam do barco e preferiram Flávio Dino a Jackson.

No ócio, o doutor se vê desprezado. No caso dele, se arrependimento matasse...

Alexandra: a GRANDE maracutaia que adotou o Maranhão

A pequena casa da GRANDE notável

Em 2006 foi iniciada uma investigação sobre o suposto enriquecimento da então primeira-dama Alexandra Tavares. Chegaram a pedir a quebra do seu sigilo bancário. Só que isso foi o bastante para o então procurador-geral, Francisco das Chagas Barros, transferir o trabalho para outra equipe e essa nova investigação até hoje ninguém sabe, ninguém viu.

No entanto, uma matéria publicada no dia 21 de março deste ano, o jornal O Estado do Maranhão apontou uma luz no fim do túnel para o serviço iniciado por Juraci Guimarães, Cabral Marques e Themis. Na época foram encontrados pelo menos 8 registros  de transações com apartamentos e casas comerciais, todas flagrantemente subfaturadas, totalizando cerca de R$ 6 milhões. As informações estão nos cartórios do Distrito Federal.

Os pequenos bens da Grande

Para se ter idéia, Alexandra comprou em um dos mais caros prédios de apartamentos do Brasil, na SQN 109 da Asa Norte, um apartamento de 903 metros quadrados, pela bagatela de R$ 1.118.553,00, pagos à vista.

Mas em outubro de 2008 ela vendeu o imóvel para Patrícia Morum Theodoro de Paula, de quem, em abril de 2009, comprou outro mimo do mercado imobiliário do DF – o apartamento 608 da SQN 212 – por módicos R$ 1.200.000,00.

ATENÇÃO: Alexandra já estava oficialmente separada de José Reinaldo há três anos, ele já casado havia mais de dois anos com a sua atual mulher, mas ainda assim Alexandra e José Reinaldo aparecem unidos na compra: ela com a maior parte, de 60%, e ele com os demais 40% de direito sobre o novo bem.

Curiosidades

Outras transações da ex primeira-dama em Brasília incluem duas farmácias nas cidades que se localizam no entorno da Capital Federal, em todas elas com participação de 90%. Os negócios subfaturados dela chegam a São Luís com a compra de dois terrenos no Olho d’Água, que somam 3.200 metros quadrados por apenas R$ 6 mil, quando o preço de mercado seria de no mínimo R$ 1,5 milhão.

Agente oculta

Zé Reinaldo começou a ser monitorado pela Polícia Federal um mês após ter se separado de uma vez de Alexandra. Enquanto esteve no seu palácio cercada por 'leões' (leia-se seguranças) era só dela o controle do dinheiro do Estado. Uma fonte interna na sede do então governo nos revelou que isso só foi possível graças a  chefia de um informal comitê de gestão das finanças do governo dentro do qual nem o próprio governador arriscava dar palpite. Ela não assinava nada, mas gerenciava todos os pagamentos.

Para sua informação, Alexandra comandou os comitês-chave, como os de Caxias, Codó e Tuntum, liderando operações que elegeram o doutor Jackson.

E ainda me perguntam sobre as maravilhas construídas por Zé Reinaldo, herdadas e referendadas por Jackson.
Se arrependimento matasse...

sábado, 28 de agosto de 2010

Jackson: chefe maior da mentira



O doutor Jackson sempre afirmou que a honestidade é uma de suas principais virtudes, ou talvez tenha sido até entrar pra história como governador do Maranhão.

Balaio pode até não ter identidade, mas memória tem. A ousadia do doutor foi tamanha ao afirmar durante o registro de sua candidatura neste ano, que nenhum homem público “tem a ficha mais limpa”  que a dele.

Mas recordar é preciso...

Doutor Jackson foi prefeito de São Luís por três vezes, além do mandato como governador. O interessante é que se patrimônio continua o mesmo, ou seja, nunca aumentou um centavo além do seu salário. Obs: agora até aumentou depois da aposentadoria como governador (descabido isso).

O mesmo doutor - detentor de uma conduta até então inquestionável - foi acusado pelo Ministério Público Federal, durante a Operação Navalha, de receber 8% de propina de obras da construtora Gautama no Estado.

É ter coragem demais para declarar ter "a vida, as mãos e a consciência tranqüilas". Será?

Comparados com o derrame de dinheiro em 2006, os R$ 15 milhões previstos para a campanha deste ano viram cascalhos.
Se arrependimento matasse...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quem foi e quem é Weverton Rocha?



Tem gente que não pode dizer que recebeu uma herança maldita do Dr. Jackson. Alguns de seus assessores são os novos-ricos do governo da libertação e isso é facilmente visto na campanha milionária do ex-secretário de Esportes e Juventude, Weverton Rocha.

Biografia não autorizada

O jovem Weverton Rocha começou sua vida no mundo das enroladas com dinheiro público na antiga Umes onde foi acusado pelo Ministério Público de comandar uma quadrilha juvenil que desviou cerca de R$ 1 milhão da entidade.

Morador do São Cristóvão, ele viu sua condição financeira melhorar ao mesmo tempo que ocupava cargos de destaque nos governos do PDT. Logo após a campanha do quase ex-governador, conseguiu mostrar seu poder econômico ao construir um conjunto de kitnetes no bairro onde foi criado.

Nomeado secretário de Juventude pelo Doutor, mudou para um apartamento do PAR (Programa de Arrendamendo Residencial) na rua Luiz Rocha, paralela a do Aririzal entre a Cohama e o Turu. Surpreendeu vizinhos poucas semanas depois ao estacionar em frente a seu apartamento dois carros zero km – um dele e outro da mulher.

Em menos de três meses se mudou para o Barramar, isso ao mesmo tempo em que o Ministério do Trabalho, comandado pelo presidente do PDT Carlos Lupi, repassava cerca de R$ 5 milhões a uma ONG comandada por sua mãe, para tocar projetos da secretaria do filho.

OBS: alguns meses depois Weverton largou a antiga companheira e enlaçou um rápido romance com a filha do secretário Aziz Santos (Planejamento). No mesmo período Jackson fundia as secretarias de Esporte e Juventude e o nomeava titular, após a morte do deputado Mauro Bezerra (PDT).

O ex-quase sogro Aziz garantiu nada menos que R$ 56 milhões para a nova pasta. Em menos de 90 dias, não se tinha notícias do paradeiro dessa quantia, ou até se tinha... É que nesse meio tempo Weverton já havia se mudado para uma mansão no Olho d’Água com boate, piscina e segurança privada, e a mãe para o Calhau. Com a iminente cassação do governador, a Secretaria de Esportes e Juventude teve seus cofres reforçados em cerca de R$ 30 milhões. 


ATENÇÃO: Nessa época, o secretário já planejava sua candidatura a deputado.

A saga milionária

Certa vez, a irmã de Weverton, Geysa Rocha, procurou o Detran para regularizar documentos da empresa de ônibus urbano Açailândia, da cidade de mesmo nome. Estava com pressa. Muita pressa. No município, o comentário é que foi negócio de quase R$ 2 milhões. O Diário Oficial do dia 1º de abril (DIA DA MENTIRA) - publicação de terceiros - talvez tenha trazido alguma pista do “milagre econômico” porque passava o secretário.

Querem saber o que Weverton pensava disso tudo? “Esse pessoal é exagerado. Agora eu estou tipo Sarney, que dizem ser dono de tudo no Maranhão”.
Se arrependimento matasse...

Os fantasmas da educação de Jackson

Olha a cara de alegria do bom velhinho...

Durante o tempo em que permaneceu no tão sonhado poder, o então governador Jackson Lago orgulhava-se de ter construído 160 escolas. Não é preciso 'queimar neurônios' para ter certeza de que tudo isso não passava de conversa fiada. Muitas dessas escolas nunca saíram do papel, apesar de integralmente pagas.

Vamos aos fatos: quatro delas ficam em Vitória do Mearim. Apareciam como pagas... Mas se alguém for a cidade, vai rodar, procurar e, achar que é bom, nenhuma delas será possível. O mesmo acontece com seis colégios indígenas na região que vai de Arame a Barra do Corda.

Há quem pensa que pára por aí. Ledo engano... Em Presidente Sarney e Maracaçumé a Seduc, sob o comando de Lourenço Vieira da Silva, pagou quase totalmente a construção de várias escolas mas as obras não chegaram nem a metade, verdadeiros elefantes brancos, aliás, encardidos.

Indo a Pirapemas, está parte das denúncias de obras fantasmas na educação. No município está um dos cinco faróis da educação com obras inconclusas no governo do doutor. Pior - se é que é possível - acontece em Presidente Vargas. Documentos em poder da Secretraria atestam a existência de várias reformas no farol da educação da cidade, apesar do prédio até hoje não ter sido entregue.

Com base nessas situações, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) abriu inquérito para apurar a história. Se arrependimento matasse...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Entre tapas e beijos...


Vidigal detalha desistência de Dino e acusa Zé Reinaldo de ter feito ‘arapuca’ para ele em 2006

Em comentário ao blog do Cardoso, o pré-candidato ao Senado Edson Vidigal (PSDB) dá todos os detalhes de como soube da desistência do deputado Flávio Dino (PCdoB) da disputa pelo governo. Vidigal conta que estava na sede do PDT nesta sexta-feira à noite quando o presidente da Assembleia, Marcelo Tavares (PSB) , e o prsidente do PSB, José Antonio Almeida, chegaram para pedir a participação do PSB na chapa de Jackson Lago (PSDB).

vidigal X zé reinaldoNo entanto, o partido exigia uma das vagas ao Senado para o ex-governador José Reinaldo. Vidigal, obviamente, teria de abdicar de sua candidatura. “Eu estava sentado ao lado do Roberto, entao disse – Roberto, isso é contigo. Tu és o presidente do partido, mas acho que devemos consultar o Castelo, o Madeira, o Ildemar, os nossos deputados federais e estaduais. Fui falando assim e foi se impondo um silêncio sepulcral na sala. Logo eles, Marcelo e Ze Antonio, saíram e o Aderson foi levá-los até à porta”, disse o ex-ministro.

Vidigal diz ainda ter avisado ao comunista que ele poderia ser vítima da mesma “arapuca” passada por ele em 2006. Ele acusa o tentão governador José Reinaldo de arma-lhe uma “arapuca” na ocasião. “Antes que isso tudo chegasse ao que chegou eu mesmo o avisei, como amigo, várias vezes – cuidado com essa conversa porque tu (Flávio Dino) podes acabar sendo o Vidigal da vez. Referia-me à aventura em que de boa fé me lancei achando que poderia disputar uma eleição e chegando aqui, despojado de tudo, me vi aprisionado numa arapuca e aí não havia mais caminho de volta, eu continuava e mantinha a dignidade ou caía fora e ninguém iria entender e seria incompreensivelmente cobrado pelo resto da vida.”

Abaixo, a íntegra do desabafo de Vidigal:

“As pessoas tem o mal de costume de não tratar as outras com o devido respeito. Me ofendem e me insultam apenas porque dei a conhecer fato verdadeiro sobre o qual ninguem pediu segredo. Assuntos de interesse público devem ser do conhecimento público. Não mereço as ofensas que a paixão gratuita dissemina contra mim em todos os sentidos.

Ontem, estávamos na sede do PDT quando, por volta das 22h, recebemos a visita do presidente da Assembleia, deputado Marcelo Tavares (PSB), acompanhado do presidente estadual do PSB, o ex-deputado José Antonio Almeida. Eu havia saído para ir a minha casa, que fica próxima, e ao retornar à sala do ex-candidato a prefeito de São Luís Clodomir Paz, coordenador da campanha do Jackson, encontrei os dois queridos amigos pessoais do PSB e, juntos estavam o deputado Brandão, o deputado Chico Leitoa, o ex-deputado Aderson Lago, o ex-deputado Wilson Carvalho, o prefeito de Porto Franco, Deoclides Macedo, o Clodomir, o Roberto Rocha, e quando entrei na sala fizeram silêncio.

Falei brincando o que houve? Só porque eu retornei a reunião agora está em off? Foi quando o Marcelo deu a conhecer, ou repetiu o sentido da sua missão, àquele recinto.

Ele estava ali em companhia do presidente do PSB, legitimando sua missão, para dizer que o PSB queria coligar conosco nas proporcionais mas a condição era uma vaga da chapa ao Senado para o Zé Reinaldo. Nada mais lógico, do ponto de vista deles. E o Flávio, que assim estaria sendo abandonado, perguntei – como fica o Flávio? O Flávio está fora, respondeu. O Flávio será candidato a deputado e nós queremos uma vaga de senador para o Zé Reinaldo.

Eu estava sentado ao lado do Roberto, entao disse – Roberto, isso é contigo. Tu és o presidente do partido, mas acho que devemos consultar o Castelo, o Madeira, o Ildemar, os nossos deputados federais e estaduais. Fui falando assim e foi se impondo um silêncio sepulcral na sala. Logo eles, Marcelo e Ze Antonio, saíram e o Aderson foi levá-los até à porta.

Foram todos embora e ainda fiquei conversando com Chico Leitoa e Clodomir querendo entender aquilo tudo que, como dizia Mateus do Corintians, poderia ser uma faca de dois legumes. Fui encontrar Eurídice e fomos comer carangueijo na Litorânea. Era quase meia-noite quando me veio a ideia de avisar pelo Twitter só a manchete do que havia acontecido. Muita gente tem interesse na candidatura do Flávio e nós também.

Antes que isso tudo chegasse ao que chegou eu mesmo o avisei, como amigo, várias vezes – cuidado com essa conversa porque tu (Flávio Dino) podes acabar sendo o Vidigal da vez. Referia-me à averntura em que de boa fé me lancei achando que poderia disputar uma eleição e chegando aqui, despojado de tudo, me vi aprisionado numa arapuca e aí não havia mais caminho de volta, eu continuava e mantinha a dignidade ou caía fora e ninguém iria entender e seria incompreensivelmente cobrado pelo resto da vida.

Ora, o próprio Rabelo, presidente nacional do PCdoB, pessoa por quem tenho grande estima pessoal e respeito político, ja havia me dito, na presença do Flávio, num jantar em minha casa, que ele, Flávio, não seria candidato a governador porque sendo um dos mais brilhantes dos deputados do PCdoB o partido não iria abrir mão dele na Câmara. Seria candidato à reeeleição. Aqui no Maranhão foi que trataram de inocular-lhe a mosca azul e ele, jovem e de boa fé, acreditou no que eu também havia acreditado.

Então a jogação de toalha anunciada na reunião de ontem não seria novidade para mim.

Pouco antes da meia-noite passei a notícia adiante e o resultado é que, ao invés de lamentarem a situação terrível em que jogaram o Flávio, muitos preferem me agredir, me faltando com respeito. Muitos não me conhecem, ignoram a minha história de vida, desde moço nas lides estudantis combatendo contra o caciquismo vitorinista e sempre sem razão alguma para mudar de opinião quanto a qualquer forma de dominação do nosso povo.

O tempo já e já vai dizer se na reunião de ontem à noite alguém estava blefando usando, mais uma vez o Flávio, ou se tudo que foi dito ja era verdade indesmentivel ou não.”

Publicado em 26/06/10, por Décio Sá.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A farra com o dinheiro público foi GRANDE

Nada com um dia após o outro e uma noite no meio, diz um adágio popular. Quando era oposição o agora chefe da Casa Civil, Aderson Lago, atirava para todos os lados. Não perdoava ninguém. No início de 2004, ele fez publicar um panfleto de auto-promoção intitulado "A Luta" onde criticava as farras e festas feitas no Palácio dos Leões (veja reprodução acima)

"Num Maranhão onde os índices sociais pioram a cada ano, com quase 70% das pessoas passando fome, o governo de Zé Reinaldo transformou o Palácio dos Leões numa espécie de clube recreativo para os amigos do poder. Hoje a sede do governo é um local onde são realizadas monumentais farras e banquetes às custas do dinheiro público. Uma agressão ao cidadão maranhense", dizia o parlamentar.

"Enquanto 68% dos maranhenses passam fome, o governo Zé Reinaldo gastou nos últimos três meses cerca de 1 milhão 475 mil reais com comida, bebida, decoração e passagens aéreas. Tudo isso para realização de monumentais festas no Palácio dos Leões. Uma verdadeira farra com dinheiro público", completa.

Mais: "O que está sendo feito é uma agressão aos maranhenses. Só de comida japonesa foram gastos R$ 276 mil reais, em três meses. Com flores e arranjos, outros 90 mil, e os gastos com passagens chegam a 625 mil reais", diz Aderson Lago, lembrando em seguida que o governador e sua esposa, Alexandra Tavares, só viajam em um jatinho fretado, portanto, não precisam usar passagem aérea.

Ele continua: "Os números estão publicados no Diário Oficial e as festas são divulgadas em quase todos os jornais de São Luís. No início de março, por exemplo, para comemorar o aniversário do governador e também o de Alexandra, foram realizados três eventos: um almoço em família, uma festa para vinte amigos íntimos, onde a banheira de uma das suítes do Palácio dos Leões foi usada como balde de gelo repleta de garrafas de prosseco e uma outra festa com nada menos do que 600 convidados".

"Hoje, no Palácio dos Leões, é normal acontecer aniversário das bonecas das filhas do governador, festas do Dias das Bruxas (Halloween) ou aniversário de alguma dondoca que vive de bajular o poder. São os membros do governo e seus amigos mais chegados se esbaldando às custas do dinheiro público", informava.





Pois bem. O Diário Oficial do último dia 22 (reprodução acima) trouxe uma dispensa de licitação da Casa Civil no valor de R$ 221 mil em favor da firma P.P.C Araújo. Objetivo: prestação de serviços de recepções e eventos (almoços, jantares e coquetéis).

É bem verdade que o processo é do ano passado, mas foi ratificado agora. Ou seja, se quisesse Aderson Lago teria posto fim a essa "farra". Não se tem notícia que tenha feito, apesar das várias reuniões que ele realizou após o caso estourar na Assembléia semana passada.

Então, prevalece a máxima: nada como um dia após o outro e uma noite e umas festas e farras, como diria Aderson, pelo meio.

Defesa

Segundo uma fonte do governo, em reuniões realizadas na Casa Civil Aderson garantiu que os R$ 221 mil já foram todos pagos no governo José Reinaldo. Ele tem creditado a republicação da dispensa licitação a um erro de um funcionário do órgão que dirige.
Publicado no blog de Décio Sá em 01 de abril de 2007.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

FESTIVAL DE MENTIRAS!


Pelo menos metade dos 1.027 quilômetros de estradas que o cassado Jackson Lago anuncia em sua propaganda como obra do seu governo foi paga por administrações anteriores. Segundo denúncia do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO) na Assembléia Legislativa, o dinheiro destinado oficialmente a algumas delas - como as MAs 034 e 349 – teria, inclusive, sido usado pelo antecessor, José Reinaldo Tavares (PSB), no financiamento da campanha do pedetista. De acordo com o BPO, a propaganda oficial serve apenas para justificar o pagamento por obras que deveriam ter sido construídas na gestão anterior, uma vez que já foram integralmente pagas. Saiba mais mentiras

JACKSON MENTE SOBRE OBRAS EM CAXIAS


domingo, 22 de agosto de 2010

 por Edson Vidigal


Confinado por meses num hospital cuidando da coluna, avariada na segunda guerra, num acidente na lancha que comandava, o que lhe valeu fama e medalhas, John Kennedy, então senador por Massachusetts, trocou os ócios da enfermaria por uma pesquisa sobre os políticos que, por seus atos de coragem, mais do que de bravura, fizeram história no Senado dos Estados Unidos.

O livro traduzido no Brasil como “Politica e Coragem” ainda hoje, 50 anos depois, faz sucesso entre os jovens, sendo leitura obrigatória entre os políticos no mundo inteiro e um clássico nas academias.

Como num filme de curta–metragem, primeiro ele mostra o perfil da personagem. Depois o momento, que nem sempre parece que é histórico, e aí entra a pessoa irradiando grandeza ao ambiente. De tudo, tudo, fica o exemplo político da coragem moral.

A conclusão clara no livro de Kennedy é que coragem não é arruaça e que inteligência politica é o cara frio, pondo tudo na geladeira para se vingar ou resolver depois, mas sim compromisso moral e cívico com o país e seu povo.
Política de gente séria nunca será essa coisa rasteira de ficar fingindo, dissimulando, com olhar de jacaré fominha, sem fazer nada, pensando que engana todo mundo, como quem espera a explosão de um navio e, assim, o mar pegue fogo para comer peixe frito.

No livro de Kennedy, que eu li na juventude, há um senador famoso pelos vitupérios. Há um momento em que, num aparte, desmonta o adversário que mantinha o plenário lotado, embevecido, quase convencido. “Vossa Excelência, se posso com algo comparar, nos lembra uma égua morta descendo um rio, numa noite de luar. Brilha e fede”.

Aqui, não haveria surpresa, no baixo nível dessa pobreza política, onde ainda pontificam os defasados de leituras de gibi, e os fazedores de sonetos em acrósticos ridículos, metidos a intelectuais, seria assim – “Quem Vossa Excelência pensa quem é, seu velho escroto?” É, em algumas assembléias de gente eleita com voto comprado, o nível é esse.

Mas é bom conferir nos léxicos para não haver fuxicos. Aurélio, escroto, adjetivo, reles, ordinário, baixo, ruim, grosseiro. Houaiss, feio, não confiável e mesquinho, vil, torpe.

No aeroporto de Fortaleza comprei o “Orélio Cearense – dicionário romanceado e ilustrado de termos e expressões do palavreado do Ceará”. Verbis: “Escroto. Existem dois significados básicos para este termo, um positivo e outro negativo. O primeiro designa uma pessoa de personalidade forte, decidida, firme, que tem palavra.”

Não é melhor ficarmos só na primeira designação? Nessa categoria todo escroto é gente boa. A começar por mim, aqui.

Em politica, há os que buscam a popularidade para se legitimarem e tão logo a conseguem pensam não precisar mais de ninguém, e aí se danam insanos querendo provar, felizmente apenas para si mesmos, que a ação política não é a maior e mais honrada das aventuras.

Para esse tipo de gente, não. A arte da política não vai além de conhecidos e repetidos exercícios de esperteza e vilania, de esquecer ligeiro o sacrifício dos combatentes, não recolher feridos nos campos das batalhas, e sempre achar que tudo o que todos fazem ao lado deles não é em comunhão de ideais de luta, é mínima obrigação.

Ferido, se escapou que morra no festim do esquecimento ou nas torturas morais meladas das armações ilimitadas. Sejam eles todos descartados, o quanto antes, os generais que, sem esmorecimentos na luta, e até com suprimentos e histórias próprias, garantiram a vitoria. Sem eles, melhor, porque assim, só assim, pode a covardia se assumir em nauseabundo acordo com a derrota.

Quando o processo civilizatório ainda enganchava entre a violência embarcada no desaguar das pororocas dando velocidade aos piratas e as idéias iluministas inspirando revoluções em torno de valores e princípios, a politica era o equivalente, muitas vezes, a maquinações de áulicos, puxa-sacos, incompetentes, despreparados que, desconhecendo as lições da história, achavam que tudo iria se manter para sempre, o tempo parado, todo mundo besta, olhando, aplaudindo, e eles achando-se os blindados inimputáveis, os maiorais, e não passam de uns deslumbrados e tolos.

Popularidade a qualquer preço é demagogia. Assinar a rendição depois de ter ganhado a guerra, isso é coisa de quem quer se livrar mesmo dos aliados ou, no mínimo, aceitar do inimigo cápsulas de cianureto para distribuir entre os que o ajudaram a vencer. Não, amigo, suicídio não é comigo, morra sozinho.
Edson Vidigal, ex-presidente do STJ, professor de Direito na Ufma, escreve para o Jornal Pequeno às quintas-feiras.

Texto publicado no Jornal Pequeno em 10 de abril de 2008.

Jerry Abrantes, secretário adjunto de Jackson, recebia vale-transporte

A farra entre os assessores do governo cassado Jackson Lago (PDT) era tanta que o ex-secretário-adjunto de Comunicação, Jerry Abrantes (foto), possuía um veículo Jeta, importado, top de linha da VW, para uso exclusivo. O mais estranho é que mesmo com toda essa mordomia, Jerry Abrantes ainda recebia vale-transporte como se fosse servidor comum, apesar de ter um salário mensal gordo para não fazer nada.

A informação consta das cópias de pagamento já em mãos da auditoria prévia que se instalou na ex-Secretaria Estadual de Comunicação (Secom), sobre fatos cabeludos e curiosos envolvendos balaios do governo cassado do PDT.

As primeiras investigações na pasta revelam que o governador cassado Jackson Lago autorizou gastos da ordem de R$ 19, 5 milhões, que representa o volume orçamentário aprovado pela Assembléia Legislativa para este ano.

No entanto, cerca de R$ 8 milhões foram rateados entre duas agências- Open Door Comunicação e Enter Propaganda e Marketing-, no período de 15 a 28 de fevereiro; e R$ 11,9 milhões, de 4 a 27 de março, período em que Jackson Lago já estava com o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Pelo que mostram os primeiros levantamentos na Secom, a sangria nos cofres públicos só foi encerrada quando os saldos da pasta foram totalmente zerados.

ARRIEI AS LANÇAS

Por Gilberto Lima

“Nas últimas 72 horas tenho recebido telefonemas de amigos pedindo para que eu volte a apresentar programas em emissoras de rádio e que eu não abandone o barco daqueles que lutam contra a “oligarquia”. Eu não o abandonei. Simplesmente me jogaram pra fora dele. Fizeram-me náufrago da “nau libertária”.

De um deles, o Moisés, ouvi: “companheiro Gilberto, volte para o rádio, você está fazendo falta. Estamos com saudades de sua voz. A luta contra essa ‘oligarquia’ tem de continuar. A Rádio Capital é o seu lugar.” O ouvinte ainda teceu comentários sobre o ex-governo que, para ele, foi um desastre, uma decepção. “Sou pedetista. Gastei minha moto fazendo campanha para o Jackson. Ele chegou ao poder e esqueceu aliados, entregando o governo para auxiliares incompetentes e irresponsáveis. Temos que superar tudo isso. A luta tem que continuar”, disse.

Depois de ouvi-lo atentamente, sentenciei: “estou fora de qualquer luta anti-Sarney. Não contem mais com minha voz no rádio para defender os interesses de adversários de Sarney. O governo de Jackson serviu para que muitos tirassem suas máscaras. O ex-governo da ‘libertação’ cassou minhas credenciais de formador de opinião anti-Sarney. Vou cuidar da minha vida e da minha profissão”.

Moisés quase dar um piripaque, ao ouvi meu desabafo. Acha que estou me precipitando e prometeu fazer uma campanha em praça pública para que eu volte ao rádio para continuar dando suporte à luta contra o que chamou de “império Sarney”. Até agradeci pelo gesto, mas fiz-lhe entender que a decisão não tem volta. Preciso me recompor profissionalmente. Preciso me dedicar mais aos projetos de meus filhos. Preciso de paz de espírito para tocar a vida. Preciso cicatrizar as feridas da ingratidão.

Nessa onda de apelos para que eu volte ao rádio, recebi telefonemas do radialista Frank Matos, secretário de João Castelo (PSDB). Apelou para que eu volte a integrar a equipe da Rádio Capital. “A emissora está de volta sob o comando do filho do Roberto Rocha. Estamos no novo estúdio e está sendo adquirido um novo transmissor. Precisamos voltar com uma programação de peso. Estivemos reunidos e chegamos à conclusão que você é o cara para comandar um programa matinal”, disse-me. Agradeci pelo convite e pela lembrança, mas não tenho interesses em voltar ao rádio, neste momento.

Por que querem que eu volte ao rádio agora? A resposta é simples: precisam de alguém que volte a ser a “palmatória do mundo” contra o governo Roseana. Estou fora! Procurem outro mártir. Tirei a armadura de “combatente da libertação” e arriei as lanças. Essa luta não me pertence mais!

Texto publicado em 20 de abril de 2009, no BLOG DO GILBERTO LIMA.